segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Casa feliz

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Casa é lugar de ser feliz! Alcançar o bem-estar em casa envolve perceber valores que ultrapassam tendências de decoração, é o que diz na Revista Casa e Jardim. O mais bacana que achamos na revista é que ela não está só preocupada em mostrar apenas as últimas tendências e designers badalados mas sim um jeito gostoso e bonito de morar, transformando nossa casa em uma extensão de nossa personalidade. Nosso templo de bem estar. Se a casa tem papel fundamental na alegria de viver, qual é o sentido de buscar na vitrine da loja o pacote completo do contentamento?

Às vezes teimamos em levar para casa o sonho que se vende na loja – seja o móvel, o objeto decorativo, a cor da parede, a TV para lá de moderna ou um determinado piso. No entanto, devidamente instaladas, as aquisições podem não fazer sentido nenhum. A sensação é estranha, de que algo não vai bem. Inconscientemente, nos sentimos mal em um lugar que deveria nos atrair e revigorar nosso humor. Pois é. Adotar o que está na moda simplesmente porque é moda ou a tendência do momento sem que caia bem ao seu estilo é quase atropelar a personalidade dos moradores. Por fim, nos sentimos mais em casa fora dela do que entre suas paredes.
Mais do que local de abrigo e proteção, a casa é nossa terceira pele, nossa esfera de reconhecimento. Afinal de contas, a moda é o que queremos que os outros percebam, como diz a arquiteta, urbanista e professora do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, Maria Elvira Rofete. “Já o estilo, dentro de casa, é o que somos. E não o sonho que se vende na loja ou na mostra de decoração.”

Algumas dicas para termos em mente na hora de decorar:
1)  Algumas vezes nos deixamos levar por tendências ou sugestões de outras pessoas e colocamos na nossa casa coisas que não tem nada a ver com a gente. O foco de uma casa deve ser o indivíduo, sem deixar de lado a estética e a funcionalidade, mas o principal é a identidade de seus moradores. Portanto, não adianta querer ser "clean" ou querer um loft ou querer uma decoração ultra sofisticada. Se não tem nada a ver com você e o seu estilo de vida, pode ser lindo, mas pra você, não vai funcionar.
2) Um lugar onde nada muda há anos, sinaliza uma espécie de inércia emocional. É preciso criar espaço para o novo entrar. Quantas vezes entramos em casas que parecem que pararam no tempo? E os seus moradores? Casa tem que ter vida. E vida é mudança, é evolução.
3) Praticidade é bom mas não é tudo. Para ter uma alma, a decoração deve privilegiar aspectos emocionais como memórias de família, peças com história ou significativas, aromas e texturas. Deve ser uma extensão da personalidade dos moradores.
Quantos não conhecemos casa muito práticas, muito fáceis de limpar e arrumar, mas que quase lembram um escritório?
A casa deve ser funcional e bonita, mas principalmente significativa. “Um lar é um espaço que consegue tornar consistentemente disponíveis para nós as verdades importantes que o mundo amplo ignora, ou que nosso eu distraído tem dificuldade em manter” Alain de Botton, em A arquitetura da felicidade.